Temporal baixou, mas a temperatura subiu no Templo Sagrado do Samba, neste domingo (12/12).

Para aliviar os corações dos sambistas que estão literalmente saltando de banda com os desígnios da vida entre os contornos desta pandemia e seus resquícios, o Cacique de Ramos promoveu mais uma roda de samba de raiz de alto nível. Como diz o poeta: Só o Samba faz a tristeza se acabar, só o samba é capaz desse povo alegrar! E neste terreiro, onde histórias e memórias se misturam e se completam, tudo acaba em Samba.

Em cada canto, uma oração. Reza de sambista é poesia batucada aos que nos deixaram, e neste sábado, 11 de dezembro, a família caciqueana reverenciou a memória do querido Chapinha, o grande Ubirany, que partiu para a eternidade, em 2020. Coincidentemente ou não, nesta mesma data, um ano depois, nos despedimos de Mestre Monarco. O Samba chora, o samba se refaz, mesmo em desalinho. Parece clichê, mas é verdade, o show tem que continuar.

Anfitrião da roda de samba, o Grupo Voz Ativa acompanhou os sambistas que participaram do evento. Os saudosos menestréis foram reverenciados no palco do Cacique de Ramos dentro da sensibilidade de cada sambista que se apresentou, como: Jonilson Pantera, direto de Salvador pela primeira vez no Doce Refúgio, Moisés Santiago, Dunga de Vila Isabel, Luanna Mahara e a diva portelense de carreira internacional, Pipa Brasey.

Incentivadora do Samba e sua cultura, Pipa Brasey, recebeu o carinho da Diretoria de Ouro pela colaboração em projetos artísticos da casa. Em breve será instalada na sede do bloco, uma placa em sua homenagem pela iniciativa.

Na memoria do Samba a nossa história se eterniza. Seguiremos exaltando a nossa raiz, esta é a nossa missão.