Sons do Sul ao Sudeste: Intercâmbio Cultural e a Mística Atemporal do Samba no Cacique de Ramos

Uma celebração de ritmos, tradições e festividades que transcende o tempo e as fronteiras

No último domingo, dia 22, a Roda de Samba do Doce Refúgio se transformou em uma festa democrática, reunindo um público animado e caloroso. No palco, um elenco de sambistas, cantores e músicos talentosos, provenientes diretamente do Rio Grande do Sul para uma turnê pelo Rio de Janeiro, brindaram a primeira parte do evento com o mais autêntico samba de raiz. Sob a liderança de Márcio Jaguarão, a trupe gaúcha presenteou o Doce Refúgio com apresentações solo e em conjunto, exibindo habilidades de rara sensibilidade.

A Banda do Saldanha deixou sua marca no Cacique de Ramos, dando um toque especial de Carnaval e saindo da rotina habitual das rodas de samba do bloco. Originários do Rio Grande do Sul, o grupo surpreendeu a todos com um repertório eclético. Com uma formação impecável, composta por músicos e vocalistas de alta qualidade, e ainda acompanhados por dançarinos elegantemente vestidos e sincronizados, conquistaram a atenção absoluta do público.

O evento repetiu o sucesso de todos os domingos, contribuindo especialmente para enriquecer a experiência daqueles que frequentam o Cacique. A narrativa imortalizada nas letras dos mais venerados poetas do samba de raiz e dos compositores do Carnaval ganha eternidade graças ao povo que mantém acesa a chama deste templo sagrado da arte deste gênero musical. Seja na quadra ou nas ruas, seja com o Cacique Raiz ou o Cacique Folia, a magia é a mesma. Ser parte do Cacique, nessa tribo de numerosos sambistas espalhados por todos os cantos, é um privilégio para muitos e uma aspiração para outros. O Cacique compreende sua popularidade e a responsabilidade que carrega na preservação da tradição e na busca pela renovação. A força pulsante dos batuques deste lugar exerce seu papel contagiante nas pessoas, transformando o estado emocional de cada um, impulsionada pela história potente que define a identidade do Cacique. Seu legado cultural e artístico influencia gerações.

Nos bastidores, a alegria também foi o ponto alto. A Diretoria de Ouro se uniu à Chef Raquel Leotta para celebrar o aniversário de Nayra Cezari (também membro desta diretoria) e da musa Kayza Regina. Foi uma celebração da amizade e das perspectivas animadoras que aguardam este novo ciclo que se inicia. Ainda neste mês de outubro, a Diretoria de Bira Presidente vai comemorar os aniversários de Rogerinho Mascará, Neca e do gestor do bloco, Marcio Nascimento. Motivos não faltam para celebrar, e a família caciqueana sabe fazer isso como ninguém.

Olhando para o futuro e o sucesso contínuo deste evento, é emocionante imaginar como o Cacique de Ramos continuará a evoluir, unindo ainda mais pessoas através da mística atemporal do samba e da celebração autêntica da cultura e da arte popular.

Nayra Cezari
ASCOM Cacique de Ramos