No último sábado de novembro, o Cacique de Ramos, um dos mais emblemáticos blocos do samba carioca, brilhou na quadra da Acadêmia do Samba. Este reencontro, fruto de uma parceria histórica, é sempre ansiosamente aguardado pelos sambistas das duas instituições, reforçando laços de irmandade que transcendem os desfiles.
“É emocionante participar de momentos como este, que traduzem o respeito e a união entre as nossas tradições”, destacou Ronaldo Felipe, que recebeu a simbólica Figa de Proteção em nome do Cacique de Ramos, uma homenagem que personifica o enredo da vermelho e branco para o Carnaval 2025.
A sintonia entre o Cacique e a escola da Rua Silva Teles é notória. Essa relação duradoura celebra duas potências do carnaval carioca que, juntas, enaltecem a cultura popular brasileira em sua forma mais autêntica.
A festividade promoveu um verdadeiro encontro de tradições. A comitiva do Cacique, liderada pelos diretores Ronaldo Felipe, Chopp, Walter Pereira e Fernando, trouxe ao público o encanto de seus cocares e fantasias nas cores do bloco. A corte, com graça e habilidade, dividiu o palco com os cantores Junior Nova Geração, Frances, Mariano Maia e Margarete Mendes, em um show que combinou arte e emoção.
A Bateria de Mestre Xula assumiu o espaço da Furiosa do Salgueiro, enquanto Cassia Anastácia, Rainha da Tamarindo de Ouro e passista do Salgueiro, ocupou o posto de destaque de Viviane Araújo, Rainha da Bateria do Salgueiro, demonstrando a integração entre os grupos.
Ao longo do evento, os destaques das alas puderam interagir, transformando a celebração em um espetáculo de gratidão e reconhecimento mútuo. A noite reafirmou o poder do samba como elo cultural e instrumento de união, perpetuando o legado das agremiações que fazem do carnaval uma expressão de pertencimento e identidade.
Nayra Cezari
ASCOM Cacique de Ramos