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Das cantigas sobre a liberdade, a negritude e africanidade vieram a inspiração para o repertório que exaltou a luta de Zumbi dos Palmares, opção  seguida pelos convidados do evento, Diogão da Portela, Marcelo Negrão, Ribeirinho, Anderson Ribeiro, Tiago Tomé, Caixa D’Água da Portela e Markinho Eddie Murphy que participaram  deste movimento que é remanescente das manifestações culturais da comunidade negra desde os tempos da escravidão, com suas Rodas de Capoeira, Jongo, Samba de Roda. Na Roda da vida, a arte  na Roda de Samba parte deste legado de resistência, bravura, luta e afirmação.  
Coordenado pela Diretoria de Ouro o evento deste domingo no Templo Sagrado do Samba contou com a presença de caravanas de São Paulo, Sergipe, Manaus e Foz do Iguaçu, registrando um público animado que teve a recepção calorosa das Alas Reunidas. Entre os inúmeros sambistas, o destaque foi para a visita de  Netinha Guerra – mulata de shows nacionais e internacionais da Beija-flor de Nilópolis, que teve a companhia do maquiador e destaque do carnaval, Leroy. Ambos sambaram e se divertiram com as musas caciqueanas  Monica Rocha e  Shelen Oliveira.
Prestigiando a Roda de Samba e representando o líder da Tribo do Samba, a herdeira caçula de Bira Presidente, Kelly, esteve presente com a família e amigos que foram conferir o Patrimônio Cultural Cacique de Ramos e a alegria de seus componentes.  Mas o Cacique Maior deixou em suas palavras a lembrança a família Caciqueana sobre a importância deste dia de Zumbi:
Temos a responsabilidade de manter a nossa cultura viva e não esquecer quem somos e o que somos. É preponderante que se exerça, cada um em sua área, e da melhor forma possível, a resistência aos pensamentos e posições contrarias ao reconhecimento, ao legado de nossos ancestrais. Mas também é preciso ter consciência para se ímpor. Se é  preciso lutar contra os prévios conceitos,  que possamos mostrar que somos orgulhosos da pele, da raça, e da cultura que temos   pois respeito é direito de todos os povos e o Samba  – A força da resistência da nossa tribo.

Com orgulho das raízes negras que sustentam o Doce Refugio na máxima expressão da dignidade e arte dos caciqueanos que Bira Presidente lidera sua tribo miscigenada,  de muitos bambas e de tantos carnavais. O Cacique de Ramos é o seu lugar. Lugar,  onde se reconhecem os talentos, onde a raça é brasileira. Negros, brancos, mulatos ou indígenas em um só corpo, misturados na alma do Samba e pulsando em um só coração.

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