Reencontro de Tradições na 127ª Feijoada do Cacique de Ramos

Festa junina foi o tema do evento que contou com show do mestre Mauro Diniz

A abertura da 127ª Feijoada do Cacique de Ramos foi com Cairo Madureira e sua Resenha do Madureira, que ampliou sua atuação com um repertório diversificado. O grupo Audácia Pura foi o segundo a se apresentar e, a exemplo dos sambistas que iniciaram o evento às 13h, também dignificou as origens dos bambas deste lugar surpreendente, carregando toda sua tradição.

O grupo Força da Cor, mais recente projeto desta instituição sexagenária, que a consolida no concorrido mercado do entretenimento, também foi escalado para esta “festa junina”. Os músicos que formam o grupo representaram a musicalidade instaurada pelos renomados artistas que fundaram e conceitualizaram a casa até o presente, liderada pelo Cacique Maior, Bira Presidente.

E, por falar no líder desta tribo de bambas, ressaltamos a interação do melhor público do Brasil, que tanto o orgulha, e que construiu a imagem deste evento em sua longa duração e pôde manter a energia nas dez horas e meia sob o teto caciqueano. Guiados pelos aspectos mais enraizados deste movimento cultural – sua dinâmica musical e sua formulação festiva –, a presença maciça das Alas Reunidas protagonizou cenas de união, confraternização e sociabilidade. As companhias dos caravaneiros e visitantes locais se espalharam pelo salão nobre da Sede do Doce Refúgio, irmanados, concentrando toda a felicidade deste dia.

No camarote, mais festa: o roteirista global Edu Araújo reuniu amigos para celebrar seus 36 anos com tortas deliciosas e muita animação. Foram várias festas dentro da festa caciqueana, com muitos bolos e mesas decoradas, onde os aniversariantes se divertiram e exaltaram este fenômeno carioca do carnaval brasileiro.

Na área reservada, mais personalidades, como a trupe da Preta Porter, a família Salgueirense representada pelo vice-presidente Joaquim Cruz e sua esposa, Dona Sonia, e um de seus conselheiros. Como presente, o público ganhou o show completo do mestre músico, poeta e cantor Mauro Diniz. Sendo o “número baixo” da ocasião, principal convidado da programação, a atração subiu ao palco por volta das 19h30. Foram tantos sucessos de sua autoria interpretados na voz do artista, que rendeu mais de uma hora de um show grandioso, bem cuidado por sua equipe de músicos.

Deixando a emoção se expressar através da arte, o evento é um misto de temperos, sabores, ancestralidade e contemporaneidade. A música, o samba autêntico, proporcionou a base perfeita para a experiência imersiva no universo caciqueano, que nestes 63 anos valida a trajetória de muitos bambas. Esta multiplicação de personalidades iniciadas neste Templo Sagrado forma a persona Cacique.

O grupo Segue Aí assumiu a roda de samba na sequência e embalou a apresentação de samba no pé da corte do carnaval do bloco, com recorte para músicas temáticas, forró e quadrilha, compondo o tema da festa/feijoada deste mês. O Segue Aí também foi anfitrião para os cantores Alex Ribeiro e Anderson Ribeiro. Com muita categoria, o filho do lendário Roberto Ribeiro fez valer a trajetória musical e artística que é uma das marcas de sua família, através do laço com o Reizinho de Madureira, o Império Serrano. Já Anderson Ribeiro, outro bamba de berço, mas sem parentesco com os imperianos, fez o que sabe com maestria: cantar samba.

A finalização do evento teve um pouco de tudo e de tudo um pouco. O público presente, neste ambiente inclusivo, democrático e feliz, celebrou a cultura e a tradição do Cacique de Ramos.

ASCOM Cacique de Ramos

FOTOS DA FEIJOADA