Pagode e Resenha, Vem Pro meu Mundo, Roberta Espinosa, Amanda Amado, Chacal do Sax e as Rodas com DNA caciqueano, o Grupo Voz Ativa e Quintal do Cacique, já estavam certos na programação da 106ª edição da feijoada, mas o evento contou também com a participação da pequena Lunna Beatriz, o veterano Leandro D’Menor, que apresentou o amigo e sambista mineiro, Landim. Além dos homenageados confirmados para a ocasião, Charles André e Grupo Raça.
As Alas Reunidas demarcaram território e garantiram a multiplicidade das cores do bloco no ambiente organizado e decorado para o dia especial na Tribo.
De volta ao Doce Refúgio, o Pagode e Resenha e o Vem Pro Meu Mundo confirmaram o sucesso do trabalho que realizam na Terra da Garoa. Cada um em sua direção, os sambistas imprimem a marca que faz toda a diferença na bagagem que reúne arte e comprometimento com seus seguidores e incentivadores.
Da renovação do samba surge a jovem sambista Lunna Beatriz, de apenas 8 anos. A pouca idade não foi empecilho para Lunna, que mostrou ser bamba de berço e conquistou a tarde ensolarada do terceiro domingo de agosto no Doce Refúgio com graciosidade e um talento acima da média. Em dueto com a madrinha Roberta Espinosa roubou a cena. Roberta, cantora que trilha carreira musical há algum tempo, enobreceu a roda de samba acompanhada pelo Vem Pro Meu Mundo, parceria que se revelou um grande trunfo do evento.
Landim, realizou o sonho de cantar no Cacique de Ramos, e teve a companhia luxuosa da Roda de Samba Show do Cacique, agora batizada de Quintal do Cacique. A turma diamante do Doce Refúgio subiu ao palco e tomou posse da essência caciqueana com samba de raiz de qualidade e um aporte extra de sintonia com o melhor público do Brasil.
Foram também os anfitriões para Amanda Amado, uma das vozes mais expressivas do samba. A neta de Tia Gessy, brilhou na ribalta do Templo Sagrado. Logo depois a sensibilidade e energia de Chacal do Sax transbordou por todo o Doce Refúgio. Com identificação que multiplica as emoções em cada apresentação, o artista literalmente sacudiu o povo e balançou as estruturas do lugar abençoado pelos imortais do samba.
O Grupo Voz Ativa, outro fruto deste celeiro de notáveis sambistas, pôde constatar sua popularidade alcançada com a dedicação de mais de uma década. Os músicos mantiveram o compasso e seguraram o ritmo dos bambas até a passarem o bastão para os homenageados da ocasião, o Grupo Raça, que assumiu o palco com seu repertório de inúmeros sucessos em uma das mais belas apresentações dos últimos tempos.
Pelas celebrações dos 37 anos de existência o Grupo Raça foi recepcionado calorosamente pela Diretoria de Ouro de Bira Presidente. Os sambistas foram surpreendidos com a mais nova honraria oferecida pelo Doce Refúgio, o Diploma, considerado como um troféu, o Prata da Casa. O Raça brindou o público e recebeu o carinho dos fãs através da interação total dos presentes.
Charles André, que acumula sucessos em parceria com o Grupo Raça, também teve seu talento reconhecido. Em sua trajetória passa a sustentar o Diploma Seja Sambista Também, o que levou o artista as lagrimas e agradecimentos.
Entre as inúmeras caravanas, alas, componentes e simpatizantes, apenas uma certeza: de que este é o samba que faz toda gente feliz, o samba do Cacique de Ramos.