Referência dos valores histórico-culturais do samba de raiz, a feijoada do Cacique segue a cartilha do sucesso sob a imponente marca de mais de cem edições reunindo pessoas e personalidades de todo país. Uma particularidade deste evento mensal que expressa a popularidade dos temperos, sabores e tambores caciqueanos.
A produção exigente tem assinatura da Diretoria de Ouro de Bira Presidente. Cada detalhe contribui para a satisfação coletiva, beneficiando todos os frequentadores de igual forma. Para que esta máxima prevaleça, é necessário que haja consenso.
O melhor público do Brasil chegou cedo e não arredou pé. Com participação efetiva, os frequentadores corresponderam com muita vibração. Receberam os convidados escalados na programação com energia e alto-astral. Sem dúvida, o publico fez parte do espetáculo em honra do samba autêntico.
Saracutiando foi o primeiro grupo de samba a se apresentar e incrementar a efervescência desta combinação culinária que representa a ancestralidade deste movimento cultural chamado Cacique de Ramos.
Em seguida, os sambistas paulistanos da Banda Malandragem subiram ao palco para acompanhar o cantor Fabiano Fubá, em seu retorno ao Templo Sagrado da Rua Uranos. Embasados na raiz deste terreiro provaram com maestria a sensibilidade e a consciência musical que possuem.
Inspirado pela aura do Doce Refúgio, Bruno Fernandez teve uma das atuações mais surpreendentes deste domingo de feijoada. Em sintonia com a Banda Malandragem, Bruno contou também com a participação do próprio Fabiano Fubá. Juntos formaram um palco grandioso para encerrar a primeira etapa do evento no cair da tarde ensolarada deste terceiro domingo de julho de 2022.
Na mudança do turno, o toque para receber a influência lunar que envolve os poetas, a Roda de Samba Show do Cacique de Ramos fez as honras da casa em mais uma apresentação marcante. O grupo fez valer o talento exacerbado de seus componentes no formato de uma roda de samba tradicional. Qualidade comprovada dentro e fora dos muros caciqueanos.
Para cumprir a agenda do dia, mais convidados foram recepcionados na ribalta da Tamarineira. Juninho Hernandes foi um deles. Estreante no Cacique, o sambista se emocionou ao soltar a voz para a família caciqueana acompanhado pela Roda de Samba Show. Logo depois, Santiago Serrinha também pôde mostrar que é bamba de berço. Mais uma interação de qualidade indiscutível que superou as expectativas.
Depois desta primeira metade da segunda parte do evento, o grupo Voz Ativa, outra prata da casa, mostrou simpatia e entrosamento. O bom conceito dos músicos tem lugar cativo no coração do público. Autoridade de seus doze anos compondo o palco do Doce Refúgio.
A jovial Sara Lachine, outra estreante do evento, foi convocada sem demora, e emplacou sucessos de artistas como a madrinha Beth Carvalho, entre outros consagrados do samba. A cantora imprimiu sua marca ao evento e todos puderam conferir seu talento.
Fãs já especulavam sobre a chegada do mestre Mauro Diniz, que adentrou ao Cacique de Ramos para ser homenageado. Sua gentileza contumaz instaurada na elegância de seu repertório e na mesma proporção dirigida a quem o admira, foi como de costume, o cartão de visitas deste majestoso menestrel. Genial, em sua arte, impressionante em seu estilo inconfundível na destreza eloquente que dedica a este gênero musical – o samba.
Sob aplausos, Mauro Diniz protagonizou uma das cenas mais emocionantes da 105ª edição da feijoada da tribo. Sua rica trajetória desfilou em revista durante a solenidade de posse da Comenda do Jubileu de Diamante, maior título honorífico do Cacique de Ramos, oferecido pelo líder Bira Presidente através de sua Diretoria de Ouro, que também presenteou o artista com um kit personalizado. O público e o grupo Voz Ativa testemunharam e partilharam deste momento agregando ainda mais valor à cerimônia dedicada ao filho do saudoso Monarco. Mauro Diniz apresentou toda nobreza de sua linhagem com algumas de suas obras e proporcionou a seu filho, João Diniz, a força de sua companhia no palco caciqueano. João mostrou que está no caminho. Levantou o povo do samba e encerrou a participação Diniz, em festa.
A roda de Samba pós-feijoada, ainda contou com a presença de Ale Maria, Claudinho mestre-sala da Beija-flor de Nilópolis, Dilson Oliveira e a corte do carnaval do Cacique que escolheu figurino especial para celebrar as festas julinas aproveitando o clima da decoração da quadra que está enfeitada com bandeirinhas e balões.