Primeira edição do ano foi um brinde aos 62 anos do bloco carnavalesco de Bira Presidente
Para celebrar a data da fundação do Cacique de Ramos, sua Diretoria de Ouro antecipou os festejos e realizou uma feijoada especial e com homenagens que marcaram o segundo evento da semana de comemoração do aniversário da instituição, que conta com vasta programação para os encontros entre os foliões, os componentes e a nata do samba até o dia 23, dia da missa de ação de graças do #Cacique60+2.
No domingo (15), o dia amanheceu ainda mais bonito e com o Sol escaldante que iluminou o Doce Refúgio. A alta temperatura mostrou a força do verão carioca, mas os sambistas preteriram as lindas praias da Cidade Maravilhosa pelo Templo Sagrado do Samba, e lotaram a Quadra do Cacique já nas primeiras horas da tarde. Eram caravanas de vários lugares e cariocas de todos os recantos do Rio de Janeiro.
Não é novidade para ninguém que em todas as edições a Feijoada do Cacique de Ramos é um evento de sucesso, que atrai e agrada o melhor público do Brasil. Apesar do forte calor as filas só acabaram as 17h, para saborear o buffet deste prato que é o principal da culinária caciqueana, a ponto de ter um dia especial no calendário do bloco.
No palco, que também começou as atividades às 13h, o grupo Rizzueto ignorou os termômetros e incendiou o Doce Refúgio com sua estreia. Dividida em duas etapas, a apresentação utilizou um repertório exemplar que provou a autenticidade de sua raiz e confirmou sua representatividade no gênero samba, o que credenciou o grupo a receber o Diploma Seja Sambista Também, segundo maior título honorífico do Cacique de Ramos.
E não foi só isso, o grupo acompanhou outros convidados do evento, como o cantor e compositor portelense: Vanderley Santanna, veterano sambista que participou e foi destaque no The Voice+, programa da Rede Globo de Televisão. A experiencia fez de sua apresentação um dos mais surpreendentes momentos do evento. E Renato da Rocinha que também foi premiado com o Diploma Seja Sambista Também. Renato levou o público ao delírio com os mais importantes sucessos de sua carreira e agradeceu a honraria com tamanha humildade que emocionou os representantes de Bira Presidente.
Com certeza para descrever o clima do evento a esta altura seria preciso potencializá-lo ainda mais, e foi o que aconteceu. O público energizado pelas atuações do Rizzueto, de Vanderlei Santana e Renato da Rocinha, manteve a expectativa para cair na folia com a Bateria Tamarindo de Ouro. Foi um espetáculo!
A variedade dos sambas e temas cantados por Júnior Nova Geração em sintonia com os ritmistas de mestre Xula e a harmonia do cavaquinho de Evandro Alves foi um misto do carnaval de rua e o carnaval da Sapucaí, reforçado pelo show da Corte do Carnaval do bloco. O time conquistou todo o Cacique.
Já presente na festa o Cacique Maior – Bira Presidente brindou o público, discursou e dançou. O líder da família caciqueana estava muito feliz e disse que as comemorações só terminarão no desfile da terça-feira gorda. Haja folego!
No intervalo para mudança de instrumentos na ribalta caciqueana também houve o sorteio de brindes das lojas Arezzo do Carioca Shopping, Ilha Plaza e Via Park Shopping, para os participantes do evento.
Com o grupo Voz Ativa no comando, a tarde ensolarada deu lugar a uma noite igualmente linda, tal qual o dia. Como sempre, o grupo que está a mais de uma década a serviço do Cacique, recebeu outro artista que também é figura tarimbada da tribo dos bambas, o cantor, compositor e produtor, Leonardo Bessa. Para não fugir a regra, Bessa sacudiu o povo. Em seguida foi Douglas Sampa que balançou as estruturas. O sambista que leva o orgulho da sua Terra da Garoa até no nome artístico, além de fazer uma participação muito especial foi reconhecido com o Diploma Seja Sambista Também.
Uma festa tão importante como o aniversário do Cacique de Ramos e, acima de tudo, uma festa que celebra a dedicação e o carinho das Alas Reunidas, da Diretoria de Ouro e do líder Bira Presidente e seus componentes, teria que ser assim, com uma programação especial que contou também com as apresentações avassaladoras de Leo Russo, Carlos Caetano, Mariano Maia, Ribeirinho e Margareth Mendes.
O evento uniu gerações, reuniu os caciqueanos, prestigiou os cantores e compositores de todos os tempos e regiões. Além de renovar o compromisso com a arte, a cultura e a folia. É claro que não faltam referências no mundo do samba, mas poder vivenciar a experiencia ao lado dos sambistas da agremiação é para muitos um privilégio. Afinal de contas, como diz na letra de Doce Refúgio do saudoso Luiz Carlos da Vila:
“Quando ele vai para as ruas a vida flutua num sonho real. É o povo sorrindo e o Cacique esculpindo com mãos de alegria o seu carnaval.
É o Cacique!”
