A Roda de Samba do Cacique de Ramos, realizada no último dia 14, foi um verdadeiro espetáculo. Nesse domingo de clássicos do futebol, o público se espalhou pela quadra do Doce Refúgio, participando de uma dinâmica inclusiva que envolveu tanto a programação musical quanto a interação entre os presentes.
Sob os acordes do Grupo Segue Aí, as sequências da roda de samba emocionaram e envolveram a todos. O Cacique, que abriu suas portas às 17h, estava lotado por caravaneiros desde o início até se completar a segunda hora de evento. Além de adquirirem vários itens personalizados na boutique, os visitantes também tiveram a oportunidade de registrar o momento com o Cacique Maior, Bira Presidente. Bira, com seu característico boas-vindas no palco e os passos do miudinho, encantou a todos com muita disposição.
A diversidade do público, que incluiu visitantes de várias partes do país e moradores da Cidade Maravilhosa, criou um cenário fascinante de culturas, sotaques e inspirações. Esse encontro refletiu a universalidade e a acolhida calorosa da família caciqueana. Mesmo com a partida das caravanas, a presença constante e animada dos cariocas garantiu que o evento mantivesse seu brilho e sua energia até o final.
A Roda de Samba do Cacique de Ramos, reconhecida pela tradição que representa, teve como convidada especial a cantora Valéria Lima. Com estilo marcante, essa excepcional artista impressionou mais uma vez os frequentadores, cantando empolgou o público e ainda sob as comemorações da conquista feminina neste gênero musical, o Dia da Mulher Sambista, festejado no último sábado (13), saudou a memória da Grande Dama do Samba, Dona Ivone Lara. A programação também contou com apresentações extras de Dilson Oliveira, Raphael Bento e Rogerinho Renascer.
A sonoridade dos sambistas do Segue Aí conduziu a dança das representantes da Corte Caciqueana: a rainha Cassia Anastácia e as musas Millena Gonçalves e Ingrid Castro. Com expressivo talento, elas mostraram a cadência envolvente do samba, essa dança profundamente enraizada na cultura brasileira.
A Roda de Samba do Cacique de Ramos não termina com a última batucada da noite; ela continua nos corações e mentes daqueles que participam, todo domingo é assim. Ela é uma força que recarrega as energias dos sambistas para mais uma semana, um conjunto de sons e cores que se fundem para criar algo maior do que a soma de suas partes. É um evento que consagra a história e a vida dos que construíram esta instituição em sua forma mais pura e exuberante. E esta relação entre o Cacique de Ramos e seu maior trunfo: seus componentes e admiradores, o povo que é chamado de melhor público do Brasil, é que faz dele um Templo Sagrado do Samba.
Nayra Cezari
ASCOM Cacique de Ramos