No segundo dia, repleto de memórias das primeiras impressões do dia anterior e uma perspectiva marcante de um público ainda maior, a família do Cacique de Ramos chegou cedo para absorver um pouco da magia das ruas, da essência que revela o Cacique de Ramos e o consagra como potência da folia carioca a cada ano. Neste capítulo da história carnavalesca do país, onde se ergue como figura heroica sob a égide da resistência e da tradição de levar alegria para o povo, sem distinção.
Bira Presidente, acompanhado de suas herdeiras, as filhas Karla e Kelly, ambas integradas à direção geral deste movimento cultural, assim como Márcio Nascimento, que lidera a gestão do Cacique. Além dos administradores, o Cacique Maior contou com a presença dos netos Bryan e Yan, ao lado de sua pequena Lua.
Conforme a hora avançava o desfile se aproximava, o bloco foi organizado para adentrar a pista nesta segunda-feira (12), com a presença de inúmeros convidados que reverenciaram o estandarte preto, branco e vermelho. Com pelo menos duas horas e meia de duração, o desfile, à semelhança do primeiro, foi absolutamente emocionante e muito animado. Entre fogos frios, o calor se espalhou, e em volta dele, as alas dançaram em ritual. Gestos que contribuíram para a personificação desta representação dentro e fora do bloco e sua homenagem simbólica ao longo dos anos. Mas neste segundo dia de Cacique na avenida, houve um significado adicional: a reafirmação de território. Mesmo neste espaço delimitado apenas no carnaval, há pertencimento e compromisso.
Do alto da alegoria símbolo, a corte com a Rainha Cassia e as princesas Thais e Marcelly mostraram gingado com charme, enquanto as musas do bloco Bella Carrulo, Ingrid Castro, Karolaine Souza, Kayza Regina e Millena Gonçalves, se mantiveram enfileiradas inspirando o povo a sambar e sorrir caciqueando à frente da ala de camisetas-tema.
E se é para falar de destaque, Amanda Prestes – a Rainha da Bateria – em plenitude, influencia beleza plástica e a capacidade de superação do desafio de transmitir a majestosa relação do samba como ritmo que dá cadência ao corpo. No efeito catártico de uma dança altiva em seus requebros febris.
Ao som da Bateria Tamarindo de Ouro, o bloco inteiro vibrou. A batucada conduziu o repertório interpretado pelos cantores do Cacique em sintonia, repetindo o sucesso da estreia no domingo.
O público avolumou o bloco e repercutiu seu emblema por toda a cidade, gerando expectativa para festejar o último dia de Cacique na avenida Chile, na terça-feira, quando a agremiação encerra esta maratona de 2024. A potência do Cacique de Ramos no Carnaval carioca é um símbolo desta festa popular que nutre e manifesta a alegria.
NayraCezari ASCOM Cacique de Ramos
