Dando prosseguimento às manifestações culturais, o Cacique de Ramos, realizou no último domingo, 13/01, mais uma Roda de Samba, e como sempre: com portões abertos sem perder a tradição.
Abrindo a programação o grupo Quinteto Cacique fez um passeio musical relembrando sucessos que marcaram décadas de renomados grandes artistas e Frutos da Tamarineira.
Todos os domingos são assim – “uma noite de gala”, a batucada sai do chão e ganha os palcos com holofotes e amplificadores, para receber os seus convidados. Nesse domingo transpondo as fronteiras, recebemos o grupo paulista “O Samba merece respeito” e Dunga.
Legitimado como o “Doce Refúgio” de bambas, o Cacique de Ramos, na pessoa do seu Líder Bira Presidente, faz questão de agraciar novos talentos da música e resgatar nomes de outras épocas que foram Frutos da Tamarineira.
Vestindo a camisa “O SAMBA MERECE RESPEITO” a rapaziada do Grupo começou com uma reunião de sambistas de SP e RJ com o intuito de AGREGAR, todos numa mesma roda de samba, um local livre para cantar as próprias canções e dar espaço para novos sambistas e compositores.
O veterano Dunga, já um velho amigo e conhecido da casa. Estreou no LP “Na aba do pagode”, lançado em 1987 pela Emi-Odeon.O disco reunia diversos novos talentos, sendo um dos maiores destaques daquele “Pau de sebo”, como era chamado esse tipo de coletânea musical, geralmente feito pelas gravadoras que pretendiam lançar alguns desses participantes em carreira solo.
Em 1987, no programa “Pagode”, da Rede Globo, lançou seu primeiro disco individual, “Sem pintura”, com apresentação do compositor Nei Lopes. Em 1989, gravou seu segundo disco. Em 1994, sua música “Coisa de comer” foi gravada com sucesso pelo grupo Batacotô. Em 1999, Paulinho Albuquerque produziu o terceiro disco, “Sedução”, pela gravadora Velas, que também foi apresentado pelo compositor Nei Lopes, seu parceiro e vizinho. No mesmo ano e pela mesma gravadora, foi lançado o CD “Um natal de samba”. Neste disco, que reuniu diversos compositores e intérpretes, interpretou, de sua autoria em parceria com Toninho Nascimento, “Festa de luz”. No final do ano de 2000, Nei Lopes o convidou para interpretar “Loura Luzia” (Dacreu e Nei Lopes), no disco “De letra & música”, de Nei Lopes, lançado pela gravadora Velas. No ano seguinte, em 2001, participou do disco “Quintal do Pagodinho”, produzido por Rildo Hora. A coletânea idealizada por Zeca Pagodinho e gravada ao vivo em seu sítio em Xerém, trouxe ainda outros compositores como Rixxah, Efson, Wilson das Neves e Luiz Grande, entre outros. Em 2011 sua composição inédita “Candeeiro da saudade”, em parceria com o baiano Roque Ferreira, foi gravada pela cantora Thaís Macedo no CD “O dengo que a nega tem”.
Pelos serviços prestados à Música e pelo reconhecimento do seu talento o Cacique Maior concedeu ao cantor Dunga, o título “Seja Sambista Também” , emocionando o artista.
A canja da noite ficou por conta o amigo Portelense, grande compositor Wanderley Monteiro
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