No último domingo, dia 21, o tradicional Cacique de Ramos celebrou sua 125ª feijoada em grande estilo. O clima favorável presenteou os visitantes com uma tarde ensolarada e harmoniosa, recebendo com alegria oito caravanas vindas de diferentes partes do país, como São Paulo, Minas Gerais e Santos, que se juntaram aos cariocas para compartilhar dessa festividade.
As Alas Reunidas brilharam na Sede do Doce Refúgio, multiplicando-se e abrilhantando ainda mais o evento. Com apenas uma hora de iniciado, as filas para o buffet de feijoada e churrasco já davam voltas, enquanto os presentes aproveitavam o samba que ecoava do palco.
O grupo Resenha com os Pretinhos deu início à festa, seguido pelo Quintal do Presidente, comandado por Robertinho, que recebeu também Fernando Negrão e Santiago Serrinha. A qualidade do início da festa foi apenas um prelúdio do que estava por vir, mostrando o cuidado da Diretoria de Ouro em cada detalhe.
Esta edição da tradicional feijoada homenageou o santo guerreiro, São Jorge, ressaltando a importância da tradição religiosa e da cultura presentes no Cacique de Ramos.
Outro destaque da festa foi Enzo Belmonte, orgulhoso caciqueano da nova geração, e sua banda Santo Samba, que apresentaram um show impactante. A participação de Luisinho Oliveira e Serginho Zimbauê também contribuiu para tornar o início da noite ainda mais memorável mantendo a estética caciqueana do começo ao final, sobretudo por ter acolhido outro ponto crucial do evento, a dança magistral das representantes da corte do carnaval do bloco.
Moises Santiago escolheu o evento para comemorar as três décadas de um dos mais emblemáticos hinos do samba, uma escolha emocionante para o cantor e compositor. Ao ver os músicos e artistas prontos para celebrar essa marca em sua carreira, Moises pôde perceber a solidez do legado que construiu ao longo dos anos.
Dudu Nobre foi o primeiro convidado de Moisés a relembrar composições em que foram parceiros ou que foram gravadas por Dudu e de autoria de Moisés. Depois de Nobre, foi a vez de Carlos Caetano, outra sumidade em poesias musicadas e ressoadas nos ritmos da batucada, tal qual Marcelinho Moreira, Serginho Procópio, Renan Pereira e Alexandre Silva. Todos, parceiros e contemporâneos de Moisés.
Os versos do samba que motivaram este encontro resumem a apoteose que encerrou a apresentação. Vai lá! Vai lá no Cacique sambar… O melhor público do Brasil acompanhou o chamado, cantando e sambando com animação.
A festa continuou com o Grupo Segue Aí assumindo o palco da super roda de samba e entregando uma apresentação exemplar. A presença da magnífica Valéria Lima agregou ainda mais valor ao evento, demonstrando o talento e o reconhecimento de seu trabalho por todos os presentes.
O samba, em constante transformação e renovação, é uma realidade na vida dos brasileiros, refletindo a inspiração indescritível que flui das raízes culturais. As árvores, presentes não só uma, mas duas Tamarineiras, são símbolos dessa tradição, guardiãs dos dogmas consagrados pela espiritualidade e religiosidade. O amor declarado pelos frequentadores do Cacique de Ramos reconhece a legitimidade dos talentos que ali surgiram, influenciando gerações e preservando a originalidade do samba.
Resumindo, este domingo foi marcado por uma celebração emocionante e inesquecível na 125ª feijoada do Cacique de Ramos, onde o samba e o povo se uniram para criar momentos especiais de alegria e confraternização.
ASCOM Cacique de Ramos
FOTOS DA FEIJOADA
