No último domingo de fevereiro, 24, o cacique de Ramos realizou a sua Roda de Samba em clima de folia. A casa de bambas, já respira Carnaval, é o período que colocamos a nossa Tribo na rua e caímos na folia por três dias ininterruptos.
É uma tradição mantida por 58 anos, sustentada pela crença, pela fé, pelo amor e por uma legião de apaixonados pelo Cacique de Ramos. Todo esse sucesso é fomentado pelo líder Bira Presidente, que não deixa a peteca cair um só minuto. Não basta ser só o “presidente”, tem que participar, e isso grande gestor tem o prazer de fazer, acompanhar e estar atento a todos os detalhes da festa.
Como sempre diz “uma andorinha só, não faz verão”, Bira Presidente, conta com uma Diretoria, a qual intitula como de “Ouro” , que são os olhos e ouvidos do líder, e tem o prazer de repetir “Não é quantidade, mas qualidade”, um “chefe” para comandar, e um “Pai” para todos. Um coração valente e aguerrido, mas gigante de bondade.
Todas as nossas Rodas de Samba, são revestidas com alegria e emoção, mas essa em especial foi marcada pela com alegria, com emoção, com muita sintonia e muito Samba.
O Grupo Quinteto Cacique, abriu a programação às 17 horas, com muito Samba de Raiz, relembrando as poesias épicas dos nobres baluartes do gênero. Os convidados dessa edição Wellington Luiz e Margarete Mendes.
O primeiro a se apresentar já é um velho conhecido das Rodas de Samba do Cacique, Wellington Luiz. Dos tempos de Renatinho Partideiro, o músico também fez parte da história do celeiro de bambas.
“Aos 34 anos, o músico, cantor e compositor, Wellington Luiz está prestes a lançar o primeiro CD da sua carreira intitulado “Negro”, com produção musical de Leandro Pereira e Rafael dos Anjos. No disco que conta com arranjos de Leandro Pereira, Carlinhos 7 Cordas e Rafael dos Anjos terão músicas próprias como “Me de a sua mão” em parceria com Wilson Moura e seu pai Tonho do Cavaco, a música “Negro” que da nome ao disco em parceria com Wilsom Moura e Lenilson Nascimento e ”Ficar sem despedida” em parceria com Gabrielzinho do Irajá e Nego Avaro. Conta também com parcerias antológicas com a de Paulo Cesar Pinheiro e João Nogueira na música “Chico Preto”.”
Conhecida carinhosamente como a “Negona do Axé”, Margarete Mendes, não fez menos do que esperávamos, é um show de canto e expressão corporal, onde a voz ecoa liberando a magia e o encanto que produz quando está representando o Samba.
A admirável sambista, é um “soldado” do Samba, é uma guerreira incansável que produz a arte com o dom que Deus concedeu, uma voz marcante e delineada com a força dos ancestrais.
Como dito anteriormente, Bira Presidente, dividido entre ser gestor e “artista”, não deixa em hipótese alguma de dar a atenção devida ao público. Ele faz questão de abrir as portas do reservado para fazer fotos, e receber o carinho de todos, isso é o combustível do seu sucesso. Agradece imensamente a todos sem exceção por essa energia que faz o seu coração bater em ritmo de samba.
O show final foi a Bateria Tamarindo de Ouro, comandada por Mestre Xula, que afinadíssima para o Carnaval, promete um verdadeiro espetáculo nos desfiles do Cacique de Ramos.
Um feliz Carnaval para todos!
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