O Cacique de Ramos abriu a programação do mês de dezembro com o pé direito, e não poderia ser mais do que providencial. No “Dia Nacional do Samba” ou “Dia do Samba” comemorado anualmente em 2 de dezembro.
Nessa terra abençoada, comunga-se “Samba” há 57 anos. “Aqui expressamos a música e a religiosidade, através de uma identidade própria, mantida com respeito, alegria e brasilidade”. Um verdadeiro congraçamento entre o ritmo e a ancestralidade, que traz a mais genuína expressão do povo brasileiro.
Por isso, defendemos as nossas raízes com compromisso de manter a tradição por meio do gênero. O Cacique de Ramos é a voz das ruas, que faz pensar, que faz emocionar, que mantém firme, forte e sempre vivo, o “Samba”.
Para celebrar essa data, duas grandes novas vozes da geração foram convidadas para participar dessa Roda magistral: Lucas de Moraes e Roberta Espinosa.
O Grupo Quinteto Cacique, abriu a programação às 17 horas, agitando o público que comemorou e celebrou este dia com muita intensidade. Contamos com as caravanas de São Paulo que se tornaram fiéis em nossas festas e abrilhantaram o nosso solo.
O primeiro convidado a se apresentar foi o novo talento do samba brasileiro Lucas de Moraes, carioca, nascido em Botafogo. Com interpretações marcantes e um grande carisma, vem ganhando cada vez mais fãs por onde passa.
Em sua carreira, já conquistou um espaço considerável no cenário do samba carioca, já que suas apresentações na LAPA, bairro mais famoso do gênero no Brasil, são constantes.
Desde criança demonstrava uma enorme paixão pela musica, manifestada pelo prazer de cantar, tendo como maior incentivador e fã numero 1, seu avô materno, que desde cedo chamava a atenção de todos para potência e afinação da voz do neto.
Atuando na sua especialidade, o autêntico Samba Brasileiro, Lucas já realizou alguns em menção a grandes sambistas e compositores como Noel Rosa e Nelson Cavaquinho, além de Vinicius Moraes e Dorival Caymmi.
Seu primeiro disco, AMOR AO SAMBA, reúne canções autorais, de compositores renomados do meio e da nova geração.
No palco do Cacique de Ramos, Lucas provou ao público que carrega a bandeira do samba no peito!!!
A outra convidada desse domingo especial, foi a carioca, cantora e compositora Roberta Espinosa. Com uma Biografia, bem diversificada, a versátil artista junta jazz, ciranda, funk e ijexá, e coloca no mesmo samba. Esse é o som de Roberta. Na infância – a carioca nascida em 86 – ouviu Tim Maia e Paulinho da Viola, influenciada pelo pai; pelos agudos afinados da mãe, os sambas gravados por Elis Regina. Cantora, compositora e atriz, Roberta Espinosa cursou o Teatro Tablado durante quatro anos. Começou a cantar em peças musicais aos 16 anos. Estrelou “Raul: Metamorfose Ambulante”, no Teatro Ipanema, em 2003.
Dos palcos para as rodas de samba! Fez participação especial em rodas como O Samba do Trabalhador, com Moacyr Luz, GaloCantô, Casuarina, entre outras. Ainda fez participações em shows dos grupos , Trilogia Carioca e das cantoras Ana Costa e Elisa Addor. Dos cantores Moyseis Marques, Rodrigo Lampreia… Apresentou-se no Softel e Othon Palace, também no Rio, ao lado do compositor Otávio Santos (piano).
No Samba, a cantora possui em seu currículo grandes experiências com grandes nomes da Música Popular Brasileira. Em 2007, montou seu primeiro show: voz, violão de 7 cordas, cavaquinho, flauta e percussões. No repertório, relíquias de outros carnavais: “Devagar com a Louça” (Haroldo Barbosa/Luiz Reis), “Barracão de Zinco” (Luiz Antônio e Oldemar Magalhães), “Samba da Minha Terra” (Dorival Caymmi), “Opinião” e Eu Sou o Samba” (ambos de Zé Kéti), entre outros.
Mas no palco de Roberta Espinosa também cabem releituras de “Olhos Coloridos” (Macau), “Feira de Mangaio” (Sivuca) e “Gostava Tanto de você” (Tim Maia). No ano seguinte, Roberta Espinosa abriu shows de Edu Kriguer, Garrafieira, Moinho da Bahia, Gafieira Carioca e Empolga às 9. E desde então, a carioca vem ganhando o cenário musical com muita competência e mérito.
No Dia do Samba, o Cacique Maior, Bira Presidente, não poderia deixar de agradecer ao público e destacar a importante presença de cada um no Cacique de Ramos.
A “palinha” da noite ficou por conta do amigo de Manaus, Du Barranco, provando que o Samba não tem fronteiras.
Encerramos mais uma programação, com o dever e o compromisso cumprido.
Salve o Samba! Salve a Tamarineira Sagrada!
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