No último domingo, 11/11, o Cacique de Ramos realizou mais uma edição da sua Roda de Samba, regada a muito partido alto. Na terra da Tamarineira, o propósito segue firme, afinal são dois grandes expoentes que norteiam a sua existência: a manutenção da cultura por meio do gênero Samba e o memorável Carnaval.
Nesse domingo a dose foi dupla para o público. Tivemos a nossa tradicional Roda de Samba com os convidados Rodrigo Lampreia, Daniel Tatit e Gabrielzinho do Irajá, e a apresentação das fantasias e camisas para o carnaval de 2019, embalados pelo ritmo da Tamarindo de Ouro.
O Grupo Quinteto Cacique, abriu a Roda às 17 horas, preparando o terreiro para receber os sambistas, cada qual com uma qualidade musical, enaltecendo sempre o Samba.
O primeiro convidado a se apresentar, esbanjou carisma,e competência musical. Rodrigo Lampreia começou cedo na música, influenciado pelo piano clássico da avó e pelo irmão mais velho, professor de música, formado em Berklee, nos EUA. Aos 12 anos, Rodrigo começou a tocar violão sozinho e escreveu sua primeira música. Durante a adolescência, passeou como bandleader em várias bandas e se apresentava em festivais no colégio e depois na faculdade. Desde 2008 na estrada como cantor profissional, fez sua primeira turnê europeia em 2009. O encanto por Londres o fez voltar a Europa no ano seguinte, onde lá morou durante um ano. Naquele ano, conheceu Amy Winehouse e rodou a Europa e a Inglaterra com seus shows. Já em solo carioca, Lampreia montou em 2011, com o parceiro Beto Landau, o bloco Samba de Santa Clara, homenageando a obra do mestre Jorge BenJor, ídolo dos dois.
O sucesso foi a jato e logo a dupla, mais tarde batizada de Os Benditos, estava fazendo shows pelo Brasil inteiro. Tudo isso pode ser visto no EP lançado pelos Benditos, produzido por Pretinho da Serrinha, além de uma releitura do hit “Estrelar” de Marcos Valle para uma rádio do Rio e a regravação de “Joga Fora”, clássico de Michael Sullivan, famoso na voz de Sandra de Sá, para uma coletânea, celebrando a obra do compositor com grandes artistas da música popular Brasileira.
No fim de 2014, já em carreira solo, Lampreia se confirmou com um fenômeno, com o seu Sambinha, festa com roda de samba, comandada por ele, que atrai milhares de pessoas do Brasil para seus eventos esgotados no Rio e São Paulo. E Lampreia não para quieto. Com shows nas melhores festas e eventos do Rio, conquistou outras cidades como São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Maceió, Natal, Teresina e espalhou seu carisma e a energia do seu baile para milhares de pessoas e fãs.
Estreou em 2015 sua discografia com o single “Lá Vai Um Selfie” em parceria com Gabriel Moura e logo depois lançou “Saudade” (Rodrigo Lampreia) que confirmou seu talento como compositor. No fim de 2016, assinou contrato com a gravadora Sony Music para lançar seu primeiro EP autoral solo. A música “Rainha da Minha Vida”(Rodrigo Lampreia/Beto Landau/Rodrigo Braga), foi a primeiro single do EP, que chegou às plataformas digitais no fim de 2016. A música mistura samba com pop com um swing gringo funkeado, terminando com a batucada carioca do samba orquestrado por Pretinho da Serrinha. “Essa faixa mostra claramente minhas influências musicais, trazendo o samba pro pop e pop pro samba com todo o frescor do balanço carioca”, conta Lampreia. O EP traz a versatilidade musical do artista em canções próprias e em parceria com os novos amigos como o sambista Mosquito, num som bastante carioca e dançante, lançado pela Sony Music em climas românticos e de festa.
Em seguida foi a vez de receber o talento da nova geração, Daniel Tatit… se for para falar e cantar Samba, o paulistano Daniel Tatit é um nome a se ficar muito atento. Apresentando seu primeiro trabalho, “O Samba que Une a Gente”, ele já deixa claro que tem o necessário para tornar-se um dos maiores do gênero. O sobrenome já conhecido revela a relação dele com dois importantes nomes da música brasileira: Daniel é primo de Paulo Tatit, do Palavra Cantada, e de Luis Tatit, lingüista, músico e um dos maiores representantes da vanguarda paulista. De forma despretensiosa, ele desde cedo envolveu-se com esse universo e teve o interesse pelo meio musical, tocando violão e esboçando algumas canções.
Há aproximadamente um ano, ele, formado em psicologia, decidiu investir na sua carreira musical. Circulando por meios efervescentes do gênero, de comunidades do Rio de Janeiro e São Paulo, a rodas de samba, ele criou um círculo de contatos de muito peso, que aparecem nesse trabalho. A produção do disco, gravado no estúdio Pratápolis, é assinada por Serginho Madureira, ex-músico do Fundo de Quintal. Nele estão 12 faixas, sendo em sua grande maioria inéditas. O samba de Daniel inspira a tradição desse ritmo genuinamente brasileiro e expira a progresso do gênero, lançando-o para o futuro. Com mais percussão, acordes primorosamente elaborados e novos arranjos de harmonia, o disco mantem-se pra cima, levando o ouvinte a não querer ficar parado. Com todo esse respaldo e talento, Daniel Tatit chega com todos os ingredientes necessários para se tornar uma das grandes revelações da música nacional.
Fechando a noite dos convidados, o filho da Tamarineira Gabrielzinho do Irajá é um talento nato. Respeitado por grandes nomes da Música Popular Brasileira, o jovem que já é conhecido e paparicado no Cacique de Ramos, largou a voz e não deixou ninguém ficar parado.
Para fechar essa noite maravilhosa, a canja ficou por conta do cantor Liomar. Vocalista do Grupo Pique Novo, para o deleite do público que cantou sucessos com o cantor.
A apresentação das fantasias das Alas Reunidas e camisas foi um sucesso. Com o enredo #Somosverdade – Amizade e Conectividade, desenvolvido pelo carnavalesco Andre Cezari, o O G.R. Cacique de Ramos leva para os seus três dias desfile a Era digital.. de forma … on-line, Full Time,… Sempre loading, ou melhor, carregando o nosso carnaval, não só na Rede Social, mas no mundo inteiro com o Samba Verdadeiro! O tema abrange as novas tecnologias e inserido nas redes sociais, nas batidas da palma da mão!
O folião que quiser desfilar na entidade já pode escolher o figurino de uma das seis Alas Reunidas ou vestir a camisa das nossas três alas: Sou Cacique, Cura Ressaca e para as crianças a Curumim e vir desfilar no Bloco mais querido do Planeta, os três dias de carnaval,
Outro show foi a Bateria do Cacique de Ramos, Tamarindo de Ouro, comandada por Mestre Xula. Muito ovacionada pelo público, deixou aquele gostinho de quero mais, e transformou a quadra em uma verdadeira passarela.
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