O título sugere que Renato da Rocinha e o Cacique de Ramos estão unidos em um evento especial, onde o talento artístico é celebrado sob o brilho da tradição. Essa celebração foi uma oportunidade para homenagear e reconhecer os artistas envolvidos, bem como para compartilhar a cultura e a história do samba com o público. E foi exatamente isto que aconteceu no dia Sete de Setembro. No palco do emblemático Doce Refúgio, um evento histórico ecoou pelas paredes do Templo Sagrado do Samba, o Cacique de Ramos. Renato da Rocinha e sua talentosa equipe orquestraram um espetáculo grandioso, marcando o feriado da Independência com um show inesquecível.
Este feito ressoa entre os inúmeros shows que encheram de vida a sede do sexagenário bloco carnavalesco e centro da cultura do samba de raiz. No entanto, este em particular se destaca como uma narrativa de equilíbrio, moldada pela determinação de um sambista criado no morro da Rocinha. Dali, ele alçou voos ao mundo do samba com seu talento, conquistando corações com uma simpatia que é privilégio dos nobres portadores do galardão do samba autêntico. Uma harmoniosa convergência entre simplicidade e genialidade que cativou o Brasil inteiro.
Anos a fio foram dedicados a entoar os cânticos da raiz do samba em uma ampla variedade de palcos dedicados à música autêntica. Este mesmo samba é o que hoje consagra Renato da Rocinha, agora em um dos maiores e mais prestigiados cenários da música brasileira: o Cacique de Ramos.
O evento foi cuidadosamente planejado e produzido para atender a uma expectativa avassaladora, que esgotou os ingressos uma semana antes do encontro no sagrado refúgio do samba. Esta casa com mais de seis décadas de história, que abriga e acolhe todos os sambistas, mas que foi erguida pelas mãos dos Arquitetos do Samba.
Desde a tarde até a noite, Renato da Rocinha brindou os fãs com seus maiores sucessos, composições de colaboradores e os amigos que o acompanharam nessa longa jornada. A emoção esculpiu cada momento, desde o início até o final, deixando uma marca permanente em todos os presentes que vieram homenagear este ícone do samba. O público o saudou em coro ensurdecedor, reverenciando sua contribuição ao samba, celebrando o mérito da arte que evolui a cada dia e elevando nomes como o de Renato da Rocinha ao estrelato, mantendo a simplicidade de sua origem e raiz, o que ressalta a genialidade inerente a um sambista e a verdadeira essência da cultura do samba.
Este espetáculo trouxe à tona toda a jornada do artista, desde suas raízes até a consagração. A extraordinária Banda Moleque Bom deu as boas-vindas ao público, enquanto outros ilustres do samba aguardavam nos bastidores para se juntar à atuação no palco do Cacique de Ramos, demonstrando uma cumplicidade e parceria sólidas. Essa união de figuras cruciais é essencial para a preservação do legado do samba como patrimônio cultural do povo brasileiro, um símbolo desta arte que atravessa gerações, do samba de raiz ao partido alto.
Grupos renomados, como: 100%, Pique Novo e Canto de Rei também contribuíram para o evento, encantando ainda mais o público. Ícones do samba, como Marquinhos Sathan, Mauro Diniz, Tiago Soares, Marcelle Motta e Gi Guedes (vocalista do Grupo Entre Elas), emprestaram sua maestria, solidificando esta noite como um tributo à riqueza e à diversidade do samba brasileiro.
Nayra Cezari ASCOM Cacique de Ramos