Leandro Marçal, Luíz Henrique e Leandro D’Menor foram as atrações do evento
Na Roda de Samba, o mergulho na essência caciqueana revela os motivos pelos quais este terreiro abençoado se mantém vigoroso, predominantemente, sob a máxima da potencialização dos talentos dos que tem coração puro. Por esta razão, o evento deste domingo 09, mostrou a intensidade dos afetos, o compromisso de todos no sentido de única direção, a tarefa de salvaguardar este patrimônio cultural do Rio de Janeiro, o Cacique de Ramos.
O som em ritmo festivo do grupo Voz Ativa fez a família caciqueana celebrar este “Domingo da Ressurreição”, com samba e em harmonia. A casa recebeu as caravanas de São Paulo e de Santa Catarina que se juntaram ao povo carioca para formar o melhor público do Brasil.
Confirmados como atração, o cantor e compositor Leandro Marçal e Luiz Henrique, chegaram após a partida final do Campeonato Carioca 2023. O Fla x Flu que acontecia no estádio do Maracanã.
Primeira apresentação especial foi de Leandro Marçal que começou com clássico de Noca da Portela e Tião de Miracema, “É preciso muito amor”. Na sequência “Vai Vadiar”, de Monarco e Ratinho (Alcino Correia). O vozeirão do cantor levantou o público com os arranjos da batucada do Voz Ativa, grupo residente da roda de samba do Cacique. Leandro encerrou sua participação com outro sucesso do Sr. Noca, que é um dos hinos do bloco: Caciqueando. O samba leva assinatura do ilustre baluarte portelense, e de Valmir dos Santos e Amauri.
Logo após, Henrique, que integra o grupo Quintal do Cacique, foi convidado a subir ao palco e mostrou sua sintonia com o grupo anfitrião. Entre os muitos sucessos do samba de raiz, cantou Clareou, de Serginho Meriti e Rodrigo Leite. Uma mensagem cheia de esperança e bem-aventuranças para este domingo de Páscoa e Samba. O artista também trouxe no repertório: Singelo Menestrel, de Guaracy Santanna, e Canto da Razão, de Leandro Lehart e Ademir Fogaça.
Para fechar sua apresentação com atributos da felicidade genuína que foi percebida por todos, Henrique escolheu o samba enredo de 1982, da União da Ilha do Governador, É Hoje. Provando assim, um pouco de sua raiz insulana. E depois cantou Peguei um Ita no Norte – Explode Coração, do Salgueiro.
A sequência carnavalesca abriu caminho para o samba no pé e a simpatia das musas: Millena Gonçalves, Marcelly Pitanga e Kayza Regina.
Sob a alcunha de Prata da Casa, Leandro D’Menor chegou de surpresa, mas como sempre muito espontâneo e especial, não desperdiçou a oportunidade de agregar a programação com suas composições.
Sempre requisitado, Bira Presidente cumpriu seu papel com generosidade. No palco saudou os presentes e fez a alegria dos fãs com sua dança e atenção. Além de posar para a fila de fãs, o Cacique Maior e sua Diretoria de Ouro receberam na área vip alguns convidados e personalidades, como: Raphael Rodrigues, primeiro mestre-sala da Paraíso do Tuiuti. No backstage, o jovem defensor do pavilhão azul e amarelo de São Cristóvão dançou o miudinho com Bira Presidente, em um momento de descontração e alegria.
Breno do Cavaco, um dos prodígios da nova geração do samba, também marcou presença. Desta vez, acompanhado de toda família, para repetir o encantamento da semana anterior. Com seu irmão mais velho, Bruno, tocou e cantou para o líder Bira Presidente, que mais uma vez se emocionou.
Neste clima de união e afetuosidade, as representantes da força feminina do Cacique de Ramos promoveram um Coelho Oculto, um Amigo Oculto para trocar chocolates e guloseimas. A brincadeira foi um sucesso e pontuou a fraternidade, tornando este Domingo de Páscoa em um dia ainda mais agradável e divertido.
Nayra Cezari ASCOM Cacique de Ramos
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