Povo animado aproveitou a roda de samba do Cacique de Ramos no último domingo do mês de novembro. Momentos memoráveis com a apresentação de forças do cantar do povo negro.
O tradicional evento da tribo do samba começou com convidado especial, Kako Chocolata, que veio de São Paulo com seus músicos para realizar a abertura do evento de forma única, com personalidade e enorme qualidade comprovada pelo público das caravanas da Terra da Garoa e os cariocas que bateram ponto logo cedo.
Um breve intervalo e os pratas da casa assumiram o comando da roda de samba. Com a quadra em lotação máxima, o clima acalorado do Grupo Voz Ativa foi ao ápice com a seleção musical que fez toda diferença. Além da diversificação dos convidados apresentados pela Diretoria de Ouro, que conhece a importância da história do Cacique na formatação do cenário cultural.
Componentes do grupo Samba Nobre, o cantor Humberto Schumacher e Mariano Maia – que é um dos intérpretes do bloco e sempre levanta o público com energia e emoção. Além de Dilson Oliveira, que também representa o que tem de melhor no terreiro caciqueano, também participaram do evento musas de representatividade feminina do samba autêntico e a supremacia de talentos exacerbados como os da cantora, compositora e atriz, Jhussara e a multiartista e única mulher intérprete do Cacique de Ramos, Margarete Mendes.
Jhussara se apresentou com brilhantismo que norteia sua carreira. Semifinalista do The Voice Brasil+ 22, teve o auxílio luxuoso do maestro Jorge Cardoso, que se juntou ao Voz Ativa para acompanhá-la na roda de samba do bloco de Bira Presidente. A cantora é ex-integrante do Trio Ternura, sucesso nos anos 70. Jhussara foi destaque em festivais e trabalhou com os maiores nomes da música.
Margarete Mendes, a Rainha da Lapa, chegou um pouco mais tarde que os demais convidados. A diva, que é afilhada do Cacique Maior, tinha outro compromisso profissional na agenda deste domingo. Sua entrada na ribalta caciqueana é sempre carregada de axé e muito esperada, neste último domingo de novembro, não foi diferente. Suas apresentações são uma mistura de arte e ancestralidade que hipnotizam os espectadores, emociona e os encanta. Ela fez e refez estes passos no palco do Doce Refúgio neste encerramento das atividades artísticas destes trinta dias do decimo primeiro mês de 2022 no Templo Sagrado da Rua Uranos. Período que reforça a identidade consciente do empoderamento negro e antecede as festas de fim de ano. Da força de sua apresentação, a certeza de que o samba é deste lugar a mais alta bandeira.
FOTOGRAFIAS