Cacique de Ramos recebeu Pipa Vieira e Roberta Espinosa

De portas abertas para uma nova geração de Sambistas, a Roda de Samba do Cacique de Ramos, vem a cada domingo cumprindo a sua missão e a responsabilidade da manutenção da cultura por meio do ritmo centenário que atravessa fronteiras e une povos. 

No domingo, 24 de junho, o Doce Refúgio recebeu dois grandes talentos dessa nova geração de sambistas, Pipa Vieira e Roberta Espínosa. São talentos que cada vez mais vem ganhando espaço nas rodas, promovendo o nosso ritmo de forma categórica e com o firmamento de que ainda por mais 100, 200, 300 o Samba nunca vai morrer.

O primeiro convidado a se apresentar, Pipa Vieira é um carioca irreverente, nascido e criado envolto e em volta do samba. Aos seis anos de idade já se arriscava ao tamborim, evidenciando o seu talento inato e prenunciando o brilhante músico que se tornaria.

Pipa integrou, durante nove anos, junto com Renato Milagres, João Martins e o Grupo Exquadrilha, o time que comandou o Encontro de Bambas, roda de samba que aconteceu todos os sábados no tradicional Clube Renascença.

Como percussionista free-lancer, teve a honra de acompanhar grandes nomes do samba dentre eles: Almir Guineto, Leci Brandão, Grupo Fundo de Quintal, Nelson Sargento, Toninho Gerais, Wilson Moreira, Bebeto, Délcio Carvalho, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Mauro Diniz, Monarco, Velha Guarda do Salgueiro, Seu Jorge, Cassiana (filha da Jovelina Pérola Negra), Pedrinho da Flor, Jorge Aragão, Sombrinha, Wanderley Monteiro, Moacyr Luz.

No palco do Cacique, o cantor se apresentou de forma plena, agitando o público presente com o seu dom musical.

A convidada especial, Roberta Espinosa, não fez diferente. De grande competência musical, provou no palco do Cacique de Ramos que sua coroa é do Samba.

 Em sua Biografia, a artista, já consagrada sambista, junta jazz, ciranda, funk e ijexá, e coloca no mesmo samba. Esse é o som de Roberta Espinosa. Na infância – a carioca nascida em 86 – ouviu Tim Maia e Paulinho da Viola, influenciada pelo pai; pelos agudos afinados da mãe, os sambas gravados por Elis Regina. Cantora, compositora e atriz, Roberta Espinosa cursou o Teatro Tablado durante quatro anos. Começou a cantar em peças musicais aos 16 anos. Estrelou “Raul: Metamorfose Ambulante”, no Teatro Ipanema, em 2003.

 Dos palcos para as rodas de samba! Fez participação especial em rodas como O Samba do Trabalhador, com Moacyr Luz, GaloCantô, Casuarina, entre outras. Ainda fez participações em shows dos grupos , Trilogia Carioca e das cantoras Ana Costa e Elisa Addor. Dos cantores Moyseis Marques, Rodrigo Lampreia… Apresentou-se no Softel e Othon Palace, também no Rio, ao lado do compositor Otávio Santos (piano).

 Ampliando o horizonte da nova e moderna MPB, Roberta traz para o palco releituras de samba consagrados com pitadas de soul. O improviso fica pro conta da cadência do partido alto, o repente do sambista. No palco, ela mostra porque é merecedora dos elogios que vem recebendo. Quem não gosta do samba de Roberta Espinosa bom sujeito não é. Ou é ruim da cabeça ou doente do pé.

 Nos bastidores do Doce Refúgio, o clima era de festa. Mantendo a tradição a “Rainha de Ramos”, Simone Drumond, preparou uma surpresa para sua irmã Nathalia Drumond, que recebeu com grande felicidade a celebração de mais um aniversário.

E quem apareceu pela Terra da Tamarieira, para abrilhantar ainda mais a noite, foi o grande “chapinha” Ubrirany, irmão de Bira Presidente e integrante do Grupo Fundo de Quintal.

A palinha da noite ficou por conta de Edinho do Samba, Joanna Nascimento, André Rocha e Ribeirinho.

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